As conferências da revista darco que decorreram no passado sábado foram o reflexo, no meu ponto de vista, do desinteresse completo que os meus colegas arquitectos possuem pela arquitectura conceptualista, pela investigação e pela criatividade na abordagem dos projectos. As conferências de arquitectura, em comparação com outros países europeus, são escassas, ainda por cima quando comparamos o ratio arquitecto/habitantes que o nosso país possuí, bastante sobrelevado em relação à realidade europeia (somos somente superados por italianos, gregos e alemães, por esta ordem de grandeza), o que denota uma grande escassez de crítica de arquitectura no nosso país. No entanto, quando uma revista de arquitectura promove um evento do género, algo que a OA se demitiu à bastante tempo, e consegue reunir numa tarde um painel de arquitectos, portugueses e estrangeiros, com a especificidade de cada um deles representar abordagens e métodos de abordar a arquitectura distintos, constato que nem mesmo o facto de a entrada ser livre leva a que num sábado à tarde, estivessem presentes pouco mais de 30 pessoas, na grande maioria entusiastas jovens estudantes de arquitectura.
Porventura vivemos mais preocupados em responder às necessidades laborais elementares do dia-a-dia em vez de instruirmos o espírito e o conhecimento com mais valias que possam transpor a barreira da mediania.
Porventura vivemos mais preocupados em responder às necessidades laborais elementares do dia-a-dia em vez de instruirmos o espírito e o conhecimento com mais valias que possam transpor a barreira da mediania.
Aqui ficam algumas fotos.
Serôdio e Furtado Arquitectos - Arqto. João Serôdio e Arqta. Isabel Furtado
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