25 janeiro, 2009

Rajasthan _ Uma região Mil cores

A Índia é o país das mil e uma cores. De Norte a Sul, nada é cinzento nesta terra de elevada espiritualidade. O Rajasthan, uma região do norte indiano, é uma homenagem à tradição colorida deste país. Conhecida pela beleza das suas cidades e construções, testemunhas de um rico passado histórico e cultural, esta é a região dos palácios, das fortalezas e dos marajás. Os naturais do Rajasthan são artistas e a sensibilidade que têm para a cor, para a estética e para a arte da decoração, exprime-se em todos os domínios da sua vida diária. A arquitectura, o vestuário, a decoração, tudo é uma sinfonia de cores.

JAISALMER
Em pleno deserto do Thar, Jaisalmer ergue-se em edifícios de arenito amarelo, conferindo-lhe uma luminosidade dourada quando exposta aos raios de sol. Esta cidade é conhecida pelos "havalis", sumptuosos palácios construídos nos séculos XVIII e XIX por ricos comerciantes. As fachadas amarelas são esculpidas como renda, fundindo a cidade com a areia do deserto circundante.

JAIPUR
Jaipur é a capital do estado indiano do Rajasthan. A cidade cor-de-rosa, como é conhecida por todos, deve o seu nome à cor dos monumentos públicos, edificados em arenito vermelho. A cidade viria a ser pintada de rosa como forma de dar as boas vindas ao príncipe do Pais de Gales, Eduardo VII. Desde ai, a tradição de pintar as fachadas perdura. Destaca-se, imponente na avenida principal da cidade, o palácio dos Ventos, ou Hawa Mahal, uma construção do século XVIII, com 953 pequenas janelas que permitiam às mulheres do Palácio assistir às procissões sem serem vistas.


JODHPUR
Situada em pleno deserto do rajasthan, Jodhpur é uma das cidades mais solarengas de toda a Índia. Ao entrar na cidade somos engolidos pela imensidão de azul que cobre todas as casas e edifícios públicos. Reza a história que, no século X, esta cor permitia ao Marajá identificar a parte mais nobre da sua cidadela, o bairro dos “brahmanes”, Hoje, a cidadela inteira veste-se de azul, tanto no exterior como no interior das casas. Os métodos de aplicação da cor continuam a ser os tradicionais, mas os artesãos substituíram progressivamente o índigo (corante vegetal), por pigmentos de síntese.


O FESTIVAL HOLI
Todos os anos, brincar com a cor é um prazer a que todos os indianos se entregam durante o Holi, uma festa tradicional hindu. Celebrada entre Fevereiro e Março, para dar as boas vindas à Primavera, esta celebração é uma efusão colectiva de homens, mulheres, novos e velhos. Todos saem à rua com as mãos cheias de pigmentos coloridos em pó para atirar pelo ar, manchando as cidades e os seus habitantes de uma explosão de cor, depois regada com muita água. Se ficou curioso saiba que a próxima celebração do Holi é já a 11 de Março.

15 janeiro, 2009

Prémio IHRU 1º prémio

Este empreendimento de 45 fogos, situado em Carnaxide, denominado Residência Madre Santa Clara, foi recentemente galardoado com o primeiro prémio em ex-aequo, pelo INH, através do Prémio IHRU 2008.
O projecto da autoria dos arquitectos Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, com a colaboração de Patrícia Ribeiro, foi solicitado pelo Município de Oeiras no âmbito da habitação de interesse social.
O edifício procura estabelecer uma relação de continuidade e complementaridade com a paisagem urbana envolvente, estabelecendo a charneira entre uma zona residencial, a montante e uma zona de vários equipamentos, a jusante da encosta.
Os fogos distribuem-se em duas bandas de quatro pisos, orientadas a nascente-poente, interligados por espaços de circulação e vazios centrais que se enquadram numa estratégia bioclimática, criando espaços de encontro e conversação que permitem a transparência vertical
entre pisos.
Conceptualmente, este espaço é suficientemente flexível para permitir que os utentes estabeleçam relações afectivas entre si e com o espaço que habitam.
Dentro de cada unidade, o fogo racionaliza ao máximo o espaço, diluindo as áreas de circulação e agrupando as áreas húmidas em torno da courette central. As habitações permitem o máximo de flexibilidade para que cada habitante possa apropriar-se do seu próprio espaço. O piso térreo é composto por volumes negros em ardósia, que acomodam o programa mais público e deixam vislumbrar, através de grandes envidraçados, o jardim, que funciona como ponto de inserção social e de ocupação dos próprios habitantes do Centro.