Espaços de culto, mágicos, que parece que deixam sempre algo mais a revelar, assim são as adegas. Os anos passam, as tecnologias afinam-se e renovam-se, mas a alma e a essência, essas ficam, enraizadas na história destes lugares. Chama-se Adega Vale de Algares, nasceu no Cartaxo, numa propriedade de 1,03 hectares que em tempos esteve relacionada com a produção vinícola, e está inserida num complexo que foi reformulado e no qual foi acrescentado um conjunto de novas valências. O terreno tinha uma forma irregular e estava pontuado com ocupações envelhecidas, resultando num conjunto dissonante, onde construções de interesse patrimonial intercalavam com outras sem valor. Contudo a revitalização da actividade vinícola e as suas vivências era um dos pontos chave desta intervenção.
Foram assim aproveitadas algumas das construções existentes e propostos novos volumes para dar vida à propriedade. Entre os espaços criados encontra-se a Adega de Vale de Algares, um projecto assinado pelo gabinete Tall and Taller e pela arquitecta Cristina Santos Silva.
O existente foi modernizado, as características arquitectónicas encontradas foram mantidas porque elas eram a sua essência. “Zonas de recepção de produto, prensas, lagares, cubas e balseiros de fermentação e reserva, laboratório de campanha e gabinete do adegueiro”, eis os espaços que deram corpo a esta adega. Projectado em cave, o que enfatiza o grau de misticismo e de secretismo, o mesmo foi construído sob um pátio interior que é definido pelo espaço entre os edifícios com frente para os arruamentos envolventes. É nesta cave que se encontram as zonas de estágio mais prolongado em pipa, assim como a sala de enchimento com a respectiva linha de engarrafamento, áreas de garrafeira e um conjunto de espaços de apoio, de onde, sobressai a sala VIP, preparada para receber diversos eventos relacionados com a adega.
Além disso, foram criadas diferenças de nível entre as áreas de estágio, mudanças de pé-direito, alterações de tratamento nos elementos estruturais, tudo isto concorre para um conjunto que se quer rico na linguagem arquitectónica utilizada.
Texto retirado da revista “Traço” edição de Dezembro de 2008
Foram assim aproveitadas algumas das construções existentes e propostos novos volumes para dar vida à propriedade. Entre os espaços criados encontra-se a Adega de Vale de Algares, um projecto assinado pelo gabinete Tall and Taller e pela arquitecta Cristina Santos Silva.
O existente foi modernizado, as características arquitectónicas encontradas foram mantidas porque elas eram a sua essência. “Zonas de recepção de produto, prensas, lagares, cubas e balseiros de fermentação e reserva, laboratório de campanha e gabinete do adegueiro”, eis os espaços que deram corpo a esta adega. Projectado em cave, o que enfatiza o grau de misticismo e de secretismo, o mesmo foi construído sob um pátio interior que é definido pelo espaço entre os edifícios com frente para os arruamentos envolventes. É nesta cave que se encontram as zonas de estágio mais prolongado em pipa, assim como a sala de enchimento com a respectiva linha de engarrafamento, áreas de garrafeira e um conjunto de espaços de apoio, de onde, sobressai a sala VIP, preparada para receber diversos eventos relacionados com a adega.
Além disso, foram criadas diferenças de nível entre as áreas de estágio, mudanças de pé-direito, alterações de tratamento nos elementos estruturais, tudo isto concorre para um conjunto que se quer rico na linguagem arquitectónica utilizada.
Texto retirado da revista “Traço” edição de Dezembro de 2008
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